
O Projeto
A ideia do projeto surgiu a partir do encontro com a viúva de Bergmann, a escritora Marilena Soneghet Vellozo Bergmann, e a percepção de que as imagens armazenadas pela família corriam o risco de desaparecer depois de terem sido retiradas de uma geladeira, onde o autor as guardava. Em 2015, com a morte de Bergmann, elas foram depositadas em um armário localizado no porão de sua casa.
Assim que conseguimos recuperar os rolos de filme, que se encontravam em condições precárias de acondicionamento, uma primeira análise do material nos levou à conclusão de que esse tempo não tinha sido suficiente para danificar o material de modo irreversível – o que nos estimulou a pensar em um futuro diferente para o acervo.
Os materiais encontravam-se em estado regular de conservação, apresentando danos físicos como riscos, abrasões e abaulamento, além de descoramento em diferentes graus nos filmes coloridos e fungos em determinados trechos. Esses danos foram corrigidos, na medida do possível, nas versões digitais do material. Foram criados arquivos digitais de preservação, difusão e acesso.
Desconhecemos se os rolos foram montados na ordem das filmagens e quais os critérios usados pelo cineasta. Decidimos organizar o acervo a partir das escolhas realizadas e deixadas pelo próprio autor. A viúva Marilena Vellozo Soneghet Bergmann, que esteve com ele na maioria das filmagens, auxiliou na organização do acervo.
O processo de digitalização ocorreu entre fevereiro de 2024 e janeiro de 2025 no Espírito Santo e em São Paulo.
A equipe de profissionais especializados em preservação audiovisual, pesquisa e catalogação das imagens de arquivo garantiu as melhores escolhas para os cuidados, a conservação e a acessibilidade do material.


